
Na extensa e belíssima Ilha do Marajó, no Pará, o Judiciário intensifica sua presença. Por meio do programa “Ação para Meninas e Mulheres do Marajó”, o presidente do STF e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, se engajou pessoalmente em uma missão clara: enfrentar a violência contra mulheres e meninas da região. O objetivo não é apenas levar a Justiça para onde ela ainda não chega — mas também transformar vidas com empatia, estrutura e, acima de tudo, acolhimento.
O que aconteceu e quem está envolvido
- Cooperação histórica: Em 11 de junho de 2024, foi formalizado um Termo de Cooperação Técnica entre o CNJ, STF, TJPA, Governo do Pará e Ministério Público para lançar o programa de proteção às mulheres e meninas do Marajó TJPA+7Agência Pará+7TJPA+7.
- Liderança atuante: O ministro Barroso participou ativamente do lançamento das itinerâncias da ação em agosto de 2025, em Salvaterra, levando diálogos, palestras e presença judicial à região TJPA+2TJPA+2.
- Estrutura e proximidade: O CNJ e o TJPA intensificaram a atuação no arquipélago com visitas a municípios como Santa Cruz do Arari e Cachoeira do Arari, além de levar a assinatura de acordos para instalação da Patrulha Maria da Penha e capacitação para a rede de proteção local Notícias STF+5TJPA+5TJPA+5.
Principais ações e impactos
Essas ações não são simbólicas — são estruturais:
- Pontos de Inclusão Digital (PIDs): Para enfrentar o acesso limitado à Justiça, foram implantados equipamentos que permitem atendimento por videoconferência e acesso remoto aos serviços judiciais, aproximando o Judiciário de populações com difícil mobilidade TJPA+1.
- Capacitação e rede de proteção: Foram realizadas palestras, rodas de conversa e oficinas com foco no enfrentamento à violência sexual, protocolos de atendimento e fluxos de proteção para vítimas TJPA+1.
- Foco na eficiência jurídica: Com o uso de Núcleos de Justiça 4.0, Inteligência Processual e ações como a Patrulha Maria da Penha, a região ganhou rapidez nas medidas judiciais, aceleração de mandados e inclusão efetiva das vítimas no sistema de Justiça TJPA.
Por que isso é tão importante?
A Ilha do Marajó enfrenta desafios sérios — geográficos, sociais e institucionais. A presença ativa do CNJ e o suporte do STF simbolizam um novo olhar da Justiça: mais próxima, mais humana e mais eficaz.
Essa ação conjunta mostra que:
- Levar a Justiça é mais que julgar — é acolher.
- Proximidade com a população vulnerável é essencial para transformar realidades.
- Mobilização institucional forte fortalece mecanismos de prevenção e proteção.
No meio da imensidão verde e das águas do Marajó, uma cena diferente começou a se desenhar. Não era só a rotina das comunidades ribeirinhas, mas um movimento silencioso e firme: a Justiça estava chegando, não apenas em papéis e carimbos, mas em pessoas, ações e tecnologia.
Tudo começou com uma assinatura. STF, CNJ, TJPA e Governo do Pará uniram forças, transformando um termo de cooperação em um pacto vivo contra a violência. Essa união não ficou apenas no papel: ela se materializou quando o ministro Luís Roberto Barroso pisou nas cidades do arquipélago, sentou com líderes locais, ouviu histórias e mostrou que a Justiça pode ser humana e próxima.
Vieram então os Pontos de Inclusão Digital, como pequenas janelas abertas para um mundo mais seguro, permitindo que mulheres e meninas falassem diretamente com juízes sem sair de suas comunidades. Oficinas e rodas de conversa capacitaram pessoas comuns – professores, agentes de saúde, vizinhos – para que cada um pudesse ser parte da rede de proteção.
E enquanto isso, por trás das cortinas, a Justiça acelerava seu próprio motor: núcleos digitais, processos mais rápidos, Patrulha Maria da Penha e medidas protetivas saindo do papel para virar ação.
Cada detalhe, cada passo, mostra a mesma mensagem: proteger mulheres e meninas não é um ato isolado, é um compromisso coletivo. E no coração do Marajó, a Justiça encontrou um jeito de navegar, se adaptar e chegar a quem mais precisa.